Paraibana ganha primeira colocação em concurso de cordel no Rio Grande do Norte
A poetisa Anne Karolynne, da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, foi classificada em primeiro lugar no Prêmio Nísia Floresta de Literatura – 210 anos, iniciativa realizada pela ONG CECOP – Centro de Documentação e Comunicação Popular e pelo Museu Nísia Floresta. O trabalho de Anne Karolynne, intitulado “Uma carta em cordel”, concorreu com 181 folhetos de cordelistas de todo o Brasil. “Foi uma emoção sem tamanho, pois esta premiação tem uma representatividade importante na minha vida, por se referir a uma mulher que me inspira, que é Nísia Floresta”, afirmou Anne.
O Prêmio que tem abrangência nacional, selecionou obras literárias na categoria literatura de cordel, tendo como tema a vida e obra da escritora Nísia Floresta. Além da premiação em dinheiro para os 03 (três) primeiros colocados, o Prêmio resultará na publicação de um livro com os 20 melhores trabalhos selecionados.
O Prêmio Nísia Floresta de Literatura – 210 anos é parte das ações do Festival Literário de Nísia Floresta, que em 2020 realizou sua 3ª edição e que acontece no mês de outubro na cidade que também recebe o nome dessa importante escritora potiguar.
A Literatura de Cordel, antiga tradição brasileira de origem europeia, foi, durante muito tempo, reduto eminentemente masculino. Embora alguns estudiosos da cultura popular brasileira tenham identificado as mulheres como o principal arquivo das tradições orais, nota-se, nas antologias do gênero, a ausência de folhetos de autoria feminina, o que pode revelar, dentre outros fatores, uma faceta de preconceitos contra a mulher e a sua participação numa sociedade patriarcal. “A Academia de Cordel do Vale do Paraíba tem trabalhado pela inclusão das mulheres poetas, tanto que no último edital de eleição de novos membros, apenas mulheres foram aceitas para concorrer a uma cadeira”, informou Marconi Araújo, Presidente da entidade.
