Academia encaminha projeto de quiosque para exposição e apresentações permanentes em João Pessoa
A Academia de Cordel do Vale do Paraíba reuniu-se com Marcus Alves, Presidente da Fundação de Cultura de João Pessoa – Funjope, nesta quarta-feira (29), ocasião em que foi entregue o projeto de montagem e manutenção de quiosque no Centro Turístico Tambaú, na Avenida Almirante Tamandaré, destinado à exposição, venda e performances permanentes dos artistas do cordel.
O grupo de trabalho da Academia, constituído de Claudete Gomes, Merlânio Maia, Raniery Abrantes, Dalmo Oliveira e Robson Jampa, argumentou que o Nordeste utiliza-se do cordel para atrair turistas, com espaços específicos em Fortaleza, Caruaru e outros centros, onde se dispõe de palco e estrutura para apresentações dos poetas, e na capital da Paraíba ressente-se de um espaço público que divulgue este gênero literário e artístico. Por isso, a Academia de Cordel do Vale do Paraíba solicitou oficialmente à Prefeitura de João Pessoa a viabilização do Espaço de Cultura Cordelista, onde nossos poetas possam expor suas obras e declamar seus poemas, já que se trata de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil com fortes raízes paraibanas.
O Secretário Marcus Alves mostrou-se bastante receptivo com a proposta e designou a formação de um grupo de trabalho para viabilizar um anfiteatro coberto para apresentações e vendas de cordéis no Centro Turístico Tambaú, com espaço e estrutura para oficinas de cordel, xilogravura e editoração de folhetos, com apoio logístico, de som e estrutura mínima para os eventos.
Para Merlânio Maia, proponente do projeto e membro da Academia, a ação visa principalmente apresentar ao turista a identidade cultural mais autêntica da Paraíba, que é o cordel, “o verso metrificado que, também, deverá gerar renda para nossos associados, os quais passarão a ter um ambiente propício para a venda dos seus folhetos”, acrescentou.
O Secretário Marcus Alves prometeu também incluir os poetas cordelistas em eventos da Funjope, com direito a cachê. “Foi muito bom o encontro e acho que começou a história da Academia enquanto entidade representativa do poeta de bancada para ocupar seu espaço devido na capital e, quem sabe, em outras cidades do interior”, disse Merlânio Maia.