ACADÊMICOS

MERLÂNIO MAIA

Merlânio Maia nasceu EM Itaporanga, alto sertão paraibano.

Em 1966, Merlânio iniciou seus estudos do curso fundamental no Grupo Simeão Leal. E desde criança sua paixão eram os poemas, então escreveu seu primeiro poema, um decassílabo com estrofes de quatro versos e com quatro estrofes. E se consolidou como um declamador e construtor de versos em sua cidade natal. Suas poesias nascem da cultura urbano-contemporânea e possuem uma ligação com fatos históricos. Cheios de arranjos e de essência nordestina, suas produções têm vínculo na raiz da cultura popular e logo encantam a todos.

Seu estilo corre célere entre a poesia dos cantadores e os decassílabos clássicos. Mas não fica tão somente por aí, também constrói sonetos em todas as métricas, além de poemas brancos. Sua poesia cabocla, com seu ritmo e sua melodia recheada de emoção, leva a uma reflexão crítica, porém, tudo temperado com uma boa dose do seu bom humor.

Merlânio cursou a quinta série no Ginásio Diocesano Dom João da Mata(1971) e, no mesmo ano, entrou para a Banda Filarmônica Dom João da Mata, cujos maestros eram Sargento Severino Ferreira e Bebé de Natércio, daquela instituição tocando trompa e mais tarde se iniciou no trompete.

No ano de 1976, por não ser oferecido o curso científico, transferiu-se para o Colégio Padre Diniz, na sua cidade para fazer o segundo grau ou científico, como era chamado, lá passou a ser instrutor da Banda Marcial, e tocava Clarim. Em 1979, foi morar na capital do Estado da Paraíba e concluiu seus estudos do segundo grau no Colégio Lyceu Paraibano. Ali participou do Grupo de Danças Folclóricas, cuja regente era Dona Dinalva, cantou no Coral do Lyceu e participou do Grupo de Teatro do Colégio.

Prestou vestibular em 1980, mas não foi aprovado. No mesmo ano, começou a trabalhar no Banco Nacional do Norte (Banorte) e se engajou ao Grupo de Teatro amador (MUEIC) no Teatro Santa Rosa em João Pessoa. Ali escreveu algumas peças de dramaturgia e atuou em vários outros espetáculos.

Merlânio aderiu ao espiritismo no ano de 1982, ao conhecer o Grupo de Jovem da Federação Espírita Paraibana. Artista, dramaturgo e músico, Merlânio se dedicou a fomentar a Arte Espírita. Ali conheceu Marco Lima, jovem músico, com quem passou a ter uma grande amizade e parceria musical que durou a vida toda. Com Marco compôs sua CIRANDA DA PAZ entre outras músicas;

Em 1985, conheceu Maria Raquel de Assis Lima, quem o influenciou a transferir-se para a União Espírita e ali conheceu a MEBEM – Mocidade Espírita Bezerra de Menezes e passou a escrever peças e compor músicas para o movimento jovem espírita paraibano. Nesta mesma época, ingressa-se na CAFELMA – Caravana da Fraternidade Espírita Leopoldo Machado e inicia sua produção poética e dramática. Conhece na CAFELMA o poeta José Brasil que o inspira a dedicar-se a poesia. Em 1986, dedicou-se ao aprendizado de violão de forma autodidata;

No ano de 1987, casou-se com Raquel Maia, e da união nasceu três filhos: Merlânio Filho, Mayara Raquel e Murilo Maia, todos dedicam a infância e adolescência ao aprendizado de música e tocam diversos instrumentos. Em 1989, foi trabalhar no MOINHO CABEDELO, onde ocupou o cargo de subgerente de vendas.

No dia 12 de outubro do mesmo ano, seu pai, Natércio Maia Barbosa, é vitimado por um infarto no miocárdio, chegando a falecer. Em 1991, deixou o Moinho Cabedelo e se associa com seu irmão na empresa TELETRON, empresa de prestação de serviços as companhias Telefônicas. Em 1993, fez o lançamento do Cordel Espírita, gênero criado por ele mesmo, pois a partir dali produziria poemas de causos espíritas e começou a fazer palestras-shows pelo Nordeste inteiro.

Em 1994, produziu outras edições do CORDEL ESPÍRITA chegando a doze livretos contendo vários cordéis, cada, todos patrocinados por amigos empresários. Também neste ano, sua empresa abre falência em virtude de ações de privatizações das Teles pelo governo federal e passa por grandes dificuldades financeiras e passa a residir na casa da sogra.

Merlânio criou também o “Projeto BONECO DE LATA”, cujo objetivo é levar Arte para as crianças e adultos do Hospital Napoleão Laureano, hospital de tratamento de câncer em João Pessoa.

No ano de 1995, editou o primeiro Livro “CANTANDO E CONTANDO HISTÓRIAS”, livro de poemas e cordel e fez o lançamento no Teatro Santa Rosa com um Show dividindo o palco com o Grupo Acorde, grupo este, que estava se iniciando no meio espírita. Foi tão grande o sucesso do lançamento que as pessoas sentaram-se no chão, outras assistiram ao Show de pé, pois que não haviam mais lugar nas poltronas do teatro. Nesse mesmo ano, emprega-se na UNIMED, empresa de plano de saúde na capital paraibana, onde permanece por dez anos.

Em 1996, lançou o CD “MEU SERTÃO CHEIO DE GRAÇA” com poemas autorais declamados contando toda uma vivência sertaneja através da poesia nordestina, cabocla e matuta. Em 1997, fez o lançamento do CD de poemas declamados do livro “Cantando e contando histórias” com o mesmo título do livro. Em 1999, lançou a primeira edição do Livro “Cordel de Luz”, livro de poema popular.

No ano de 2000, lançou o CD “Cordel de Luz” de poemas declamados e criou em João Pessoa a ONG MOVPAZ – Movimento Internacional Pela Paz e Não-Violência ao lado de Almir Laureano, Clóvis Nunes, Nando Cordel, Claudio Junior, Francisco Souto, Aderaldo Martins e outros. A partir deste ano a ONG mobiliza toda a cidade nas Grandes Caminhadas Pela Paz, com participação de grandes artistas nacionais e conhece e se aproxima de Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Dominguinhos, Márcia Porto, Belchior, Carlos Pitta e tantos outros ligados ao movimento internacional pela Paz. A partir deste ano sua poética destina-se a educação pela Paz e Não-violência ativa. Nascem poemas como PAZEANDO, DESARME-SE, ORAÇÃO À MÃE TERRA, MEU CREDO e outros linkados a este tema.

Em 2001, fez o lançamento da segunda edição do Livro “Cantando e Contando Histórias”, pois a primeira edição havia se esgotado. No ano seguinte participou do Livro “ALTERIDADE A DIFERENÇA QUE SOMA”, editado pela ABRADE Associação dos Divulgadores da Doutrina Espírita, com o ensaio Arte e Alteridade. Livro de ensaios sobre Alteridade. Seguiram-se várias publicações, sendo Merlânio Maia um dos mais profícuos poetas cordelistas da Paraíba.

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